Duraram 15 horas as negociações entre as polícias Civil e Militar do Rio Grande do Norte e o criminoso Rosiel Luiz da Silva, o Dadão, que manteve em seu poder um suposto refém trancado em uma casa no distrito de Mundo Novo, em Arês, município distante 58 quilômetros de Natal. Foi por volta da meia-noite desta sexta (24) que os policiais invadiram o local e, sem efetuar um único disparo, conseguiram rendê-lo. O suposto refém de Rosiel, um homem de 30 anos chamado Geovane Figueiredo da Silva, que aparentava estar sob efeito de drogas, foi libertado três horas antes, às 21h da quinta-feira (23). Dadão estava foragido desde 26 de junho passado, quando fugiu da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior unidade prisional do estado, juntamente com outros dez detentos.
Após ser recapturado, Dadão não quis falar com a imprensa. Ele é condenado a 48 anos por assaltos, estupros e assassinatos. De acordo com a polícia, além do cárcere privado desta quinta-feira, Rosiel deverá responder a um outro crime: ele é suspeito de ter participado de um assalto à agência dos Correios no próprio município de Arês, ocorrido na terça-feira (21). Entre os crimes mais graves, consta o assassinato do marido de uma promotora de Justiça, vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) em 2008.
A ação de Rosiel nesta quinta foi iniciada porque, por volta das 9h, ele percebeu que havia sido descoberto por policiais militares. Ele resolver fazer refém o deficiente mental Geovane Figueiredo da Silva, que é apontado pela polícia, agora que foi descoberto, como um comparsa. "Na verdade, ele estava dando guarida para o Rosiel. Ele levava comida para ele. E também temos informações que o Geovane já teria participado de assaltos junto com o Rosiel", disse o delegado José Carlos, diretor da Divisão de Polícia do Interior da Polícia Civil.
Há informações, também de acordo com o relato dom delegado, que Rosiel estava usando a casa de Geovane como esconderijo há três dias. Durante as 12 horas em que Geovane ficou sob o domínio do criminoso, um irmão do rapaz, chamado Saulo Figueiredo, admitiu ao G1 que Geovane é viciado em drogas há mais de 8 anos. "Foi por causa da droga que ele ficou assim, doente. Tem horas que ele delira e não diz coisa com coisa", afirmou o irmão. O tempo que permaneceu como suposto refém, Geovane teve uma espingarda calibre 12 apontada para a cabeça. Ao ser libertado, saltando a janela, o rapaz apenas sorria.
G1RN
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