01 outubro 2012

Presos pagam dívidas de drogas com as próprias mulheres em Alcaçuz

Ilustrativa
Interditada parcialmente há nove dias por problemas de superlotação e de infraestrutura, a maior penitenciária do Rio Grande do Norte também enfrenta desafios administrativos, segundo o juiz da Vara de Execuções Penais de Natal e a própria diretora da unidade. O juiz Henrique Baltazar cobra medidas para evitar a exploração sexual de familiares de detentos, enquanto a diretora Dinorá Simas Lima Deodato afirma tentar impedir a entrada de prostitutas no local.

Os problemas ocorrem na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada em Nísia Floresta, na região metropolitana de Natal. Desde quarta-feira (8), o presídio não recebe novos detentos: ele tem capacidade para 600, mas abriga cerca de 900. Baltazar, que foi responsável pela medida, afirma que a interdição será suspensa após a conclusão da instalação da rede elétrica no pavilhão 5 da unidade. A obra foi iniciada na segunda-feira (13) e o governo diz que mais 402 vagas serão criadas com outras melhorias no complexo.

Além das obras estruturais e mais vagas, o juiz Henrique Baltazar quer mudanças em procedimentos, como o adotado nas visitas de familiares. Ele quer que eles elas ocorram em espaços reservados, e não dentro dos pavilhões. “Nós temos informações de que alguns presos que devem a traficantes terminam vendendo suas esposas e até filhas menores para pagar esse serviço”, revelou DISSE o juiz.

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