06 novembro 2012

Marcola, o chefão do PCC é um dos que devem desembarcar no Presídio Federal

De acordo com o Estadão, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, levará à reunião desta terça-feira (06), com o governo de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes, um relatório atualizado de inteligência da Polícia Federal com um raio X do PCC e de outras organizações criminosas do Estado. O relatório mostra o modo de atuação do grupo, como ele faz circular seus recursos e um perfil dos seus principais líderes dentro e fora das prisões. Cardozo oferecerá ainda 300 vagas em quatro presídios de segurança máxima.

As quatro unidades - Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR) - totalizam 832 vagas, das quais cerca de 500 estão ocupadas. A unidade com mais vagas disponíveis é Mossoró. É também a mais odiada pelos detentos - nesta época, o calor lá passa dos 35°C e recentemente teve problema até de abastecimento de água. O governo federal espera que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) leve uma lista de criminosos indesejáveis para isolamento no sistema penitenciário federal, criado em 2006.

A partir daí, será feita a logística da transferência em um prazo mínimo de 48h a 72h. Há uma expectativa, não confirmada, de que o chefão criminoso Marcos Camacho, o Marcola, seja incluído na lista. Ele comandou em 2006 a última grande onda de violência desencadeada em São Paulo, com a ajuda de outros líderes dentro dos presídios estaduais. Na ocasião, ele e outros líderes criminosos foram transferidos para presídios de outros Estados, mas a ação resultou em mais violência porque os bandidos continuaram fazendo as ordens chegarem aos comparsas. Caso a transferência ocorra, será a primeira vez que detentos paulistas serão isolados em bloco nos presídios federais.

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