11 maio 2013

Cartão vai padronizar tratamento de viciados de crack

As 300 entidades que se credenciarem para atender viciados em crack terão de responder a uma série de exigências do governo paulista.

A ideia é tentar padronizar o atendimento das comunidades terapêuticas para reduzir o índice de recaídas de usuários que forem encaminhados para tratamento por meio da "bolsa anticrack".


O projeto prevê que essas entidades (particulares e não governamentais) recebam R$ 1.350 mensais por paciente. A expectativa inicial é que 3.000 pessoas sejam atendidas a partir de julho.

O controle para verificar se o tratamento está sendo realizado será feito por um cartão magnético, similar a um cartão bancário, que ficará com a família do usuário.

O programa, batizado de Cartão Recomeço, deve ser anunciado oficialmente hoje pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, uma das exigências será oferecer qualificação profissional.

Só participarão do programa comunidades terapêuticas com experiência no tratamento dos usuários. Clínicas, onde há médicos 24 horas ao dia, não serão credenciadas.

O motivo da escolha pelas comunidades é o valor por paciente. Enquanto na comunidade o usuário custa pouco mais de R$ 1.000/mês, na clínica custa quase R$ 5.000.

O promotor de Justiça Artur Pinto Filho, da área de saúde pública, demonstrou ceticismo quanto à proposta.

"Há muito dinheiro envolvido. É preciso que haja uma auditoria séria para ver se o atendimento está sendo feito adequadamente", afirmou.

Conforme o governo, um comitê gestor com membros de três secretarias fiscalizará o atendimento das entidades.

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