Um crime bárbaro e por um motivo banal. Assim foi a morte do menino Cauã Lucas Silva Santana, de 10 anos, no Bairro dos Estados, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Eram cerca de 17h da última sexta-feira (31) quando a criança brincava com os primos num campinho de futebol a cerca de 50 metros da casa da avó. A bola teria caído no teto da casa que fica atrás do campo. Cauã estava amarrando sua chuteira, que tinha ganhado dias antes da avó, quando o suspeito, identificado apenas como Armando, se aproximou do menino e o esfaqueou. Foram três golpes: dois atingiram as costas de Cauã e outro um braço, numa tentativa de defesa.
As outras crianças viram tudo. Achavam que o homem estava batendo nele, mas depois viram a faca. Começaram a gritar. A irmã de Cauã, de 12 anos, que também estava perto, entrou em casa gritando pela mãe e dizendo que o irmão estava ferido. Cauã ainda conseguiu chegar perto de casa, abriu os braços para abraçar a mãe e caiu. Familiares levaram o menino para a UPA da Caxangá, mas ele já chegou sem vida.
“Vi que ele estava todo ensanguentado e comecei a gritar. Ele era uma criança inocente, não era envolvido com nada errado. Estou sentindo uma dor muito grande. Meu filho adorava futebol, se não mandasse ele sair do jogo, ele nem comia”, disse a mãe de Cauã, Andréa Julia da Silva Santana.
Depois do crime, vizinhos invadiram a casa de Armando e destruíram tudo. Ele morava com a mulher que, assustada, foi para a casa de parentes. O suspeito já está identificado pela polícia. “Já temos foto dele”, disse a delegada Euricélia Nogueira, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo ela, Armando tem um histórico de problemas com os vizinhos. “Ele já tinha feito ameaças às crianças que jogam no campo, já tinha corrido atrás de um menino com uma faca depois que a bola caiu na sua casa”, acrescentou.
Cauã morava no bairro do Curado 5, em Jaboatão dos Guararapes, com uma tia que lhe criou desde o primeiro ano de vida. Nos finais de semana, ia para a casa da mãe, em Camaragibe. Neste final de semana iria ganhar um presente da avó, que também mora próximo. Ele havia lhe pedido R$ 22 para comprar um uniforme de jogador e se matricular numa escolinha de futebol.
Via:Cidade News Itaú
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