19 julho 2013

GOVERNADORA ROSALBA NÃO TEM DINHEIRO PARA PAGAR FOLHA DE JULHO DOS SERVIDORES


O governo do Estado do Rio Grande do Norte faliu. Essa é a expressão mais exata para dimensionar o tamanho do problema financeiro enfrentado pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM), com impacto direto no bolso dos mais de 100 mil servidores do Estado e problemas de relacionamento com os poderes Legislativo e Judiciário, que estão sendo chamados por Rosalba para colaborar. 

A ideia do governo, para fechar a folha de julho, é não repassar integralmente o duodécimo do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Outro ponto analisado pelo Governo é escalonar o pagamento dos servidores públicos, de forma a esperar pelas parcelas do FPE, que são depositadas nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. 

A folha salarial do estado é R$ 310 milhões, entre ativos, pensionistas e obrigações patronais. O Governo Rosalba Ciarlini estaria com déficit de cerca de R$ 100 mil para cobrir integralmente a folha do funcionalismo. Uma reunião com os representantes de poderes estava agendada para a tarde desta sexta-feira. Rosalba já teria conversado com o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta (PMN), a respeito da quebradeira financeira do Estado, e este teria “compreendido” as dificuldades financeiras do Governo. 

O procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, também já teria sido alertado pela governadora. O encontro de hoje à tarde contaria com a presença do presidente do TJ, desembargador Aderson Silvino, junto com equipe técnica da Secretaria de Planejamento e Finanças. Em entrevista ao Jornal de Hoje, o secretário Alber Nóbrega não abordou o assunto diretamente, mas ressaltou que a partir de agosto o Estado tomará medidas junto à folha de pagamento do Estado, através de uma espécie de auditoria, visando cortar possíveis gastos ilegais. 

O procurador-geral do Estado, Miguel Josino, disse hoje em entrevista à imprensa que é imprescindível reajustar, a menor, o salário dos funcionários que recebem acima do teto salarial estadual, que é o vencimento do desembargador, pouco mais de R$ 25 mil. Há casos de servidores que recebem acima dos R$ 60 mil. 

Em junho, quando o governo é obrigado a antecipar 40% do décimo terceiro salário dos servidores, a administração só pagou o funcionalismo “nas últimas, após raspar o tacho”. Em julho, a bomba: “O que já se comenta é que o Estado não terá condições de pagar a folha completa de julho e vai tentar negociar com TJ, TCE, MP e AL para repassar a menor o valor devido aos órgãos”, disse uma fonte da Governadoria.


Por Carlos Costa/TNOTICIA

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