A criminalidade no Brasil tem tomado um rumo preocupante: a banalização. Pessoas têm sido assassinadas em diferentes regiões do País por motivos fúteis, que vão desde uma discussão por uma diferença de R$ 7 na conta até a proibição para jogar videogame.
Casos que têm se tornado frequentes nos últimos meses. Confira a seguir histórias de pessoas que perderam a vida por questões banais e que demonstram o quanto o valor de uma vida tem se tornado irrisório.
Expulsão
Uma partida de futebol terminou com duas mortes após a expulsão de um dos jogadores, no dia 30 de junho de 2013, na zona rural de Pio XII, no Maranhão. Após o lance polêmico, o jogador Josenir Santos Abreu começou a agredir o árbitro Otávio Jordão da Silva, que reagiu sacando uma faca e matando o atleta com um golpe.
Revoltados, jogadores e torcedores partiram para cima de Otávio. Amarrado, ele foi espancado e apedrejado até a morte e ainda teve o corpo esquartejado. Com requintes de crueldade, os agressores ainda colocaram a cabeça da vítima em uma estaca nas proximidades do campo. Imagens de celulares das testemunhas ajudaram a polícia a identificar os agressores.
Choro
No dia 28 de junho, criminosos invadiram uma casa onde vivia uma família de bolivianos, na zona leste de São Paulo. Segundo a polícia, os bandidos se irritaram quando descobriram que as vítimas tinham apenas R$ 4,5 mil em casa e com o choro da criança. Antes de deixar a residência, um dos bandidos atirou na cabeça do menino Brayan Yanarico Capcha, cinco anos.
Os criminosos estavam armados com quatro facas e dois revólveres. Assustado, o menino chorava e fazia barulho, e os bandidos ameaçavam os reféns caso os gritos não parassem. Impaciente, um dos bandidos atirou na cabeça de Brayan, que foi socorrido, mas não resistiu.
No mesmo dia do crime, os primeiros suspeitos foram detidos e no dias seguintes, outros envolvidos foram presos.
Barulho em condomínio de luxo
No dia 23 de maio de 2013, o empresário Vicente D´Alessio Neto, 62 anos, decidiu acabar de uma vez por todas com uma antiga rixa com o casal que vivia no andar de cima do apartamento onde ele morava, em um condomínio de alto padrão em Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Após um ano de mútuas acusações sobre barulho, Vicente pegou sua arma, um revólver calibre 38, e subiu para a última discussão com Fábio de Rezende Rubim, 40 anos, e Miriam Amstalden Baida, 38 anos. Lá, ele descarregou o revólver, matando os dois, poupando apenas a filha do casal, de 1 ano e meio.
Em seguida, o empresário voltou para casa, recarregou a arma e se despediu da mulher. "Amor, acabou. Você está entendendo? Acabou! Agora a sua vida é por você", essas foram as últimas palavras de D´Alessio, que retornou ao elevador e deu um último tiro, que dessa vez lhe tirou a própria vida.
Filha morre ao defender pai em briga
No dia 27 de abril de 2013, o pai de Kerolly Alves Lopes, 11 anos, foi até a pizzaria de George Araújo de Souza, em Aparecida de Goiânia (GO), acompanhado das duas filhas: Kerolly e uma irmã de 14 anos. Após uma discussão, Souza apontou um revólver para o pai das meninas, ameaçando atirar. Quando os três já estavam na calçada, o dono da pizzaria disparou, acertando a cabeça e uma das pernas de Kerolly.
A menina ficou internada, mas teve morte cerebral no dia 6 de maio. O atirador chegou a ser preso, mas foi liberado após apresentar um pedido de habeas-corpus.
NA CHAPA QUENTE.
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