Fotos: Márcio Morais (O Vale do Apodi) / Portal BO
Revoltado porque não estava recebendo medicamentos para tratamento psiquiátrico, que deveriam ser doados pela Prefeitura do Apodi, o aposentado Gilson Lima de Menezes, de 47 anos, resolveu atear fogo na sede da Secretaria Municipal de Saúde.
O fato aconteceu por volta das 9h desta terça-feira (19). No incidente, o aposentado acabou se queimando. Quando estava sendo socorrido pela equipe da SAMU, Gilson Menezes disse a reportagem que vinha procurando pelo seu medicamento há 90 dias e sempre recebia a reposta que não tinha. “Hoje, resolvi ir mais uma vez e chegando lá me disseram que não tinha, disse que era para fechar e bota fogo naquilo, já que não serve para nada”, declarou.
No momento em que ateava fogo no interior da sede da Secretaria Municipal de Saude de Apodi, com quatro litros de gasolina, o aposentado Gilson Menezes, terminou se queimando. Já no interior da Secretaria de Saúde, foram queimados arquivos, equipamentos de informática, ar-condicionado e outros equipamentos.
Após incendiar o prédio da Secretaria de Saúde, Gilson Menezes, saiu em disparada em sua motocicleta em direção a sua residência, onde gritava bastante com dores, devido as queimaduras.
Os vizinhos o ouviram desesperado gritando com dores, acionaram a Policia Militar e ao chegar ao local, os policiais perceberam que se tratava do mesmo homem que tinha ateado fogo ao prédio público.
Uma equipe do Samu fora acionada e devido a gravidade das queimaduras, o paciente fora levado as pressas para tratamento em Natal, onde recebera melhores cuidados médicos.
O aposentado, Gilson Lima de Menezes, sofre de transtorno bipolar e esquizofrenia e diariamente precisa tomar medicamento para controlar sua doença, mas segundo ele próprio e pessoas que moram vizinha a sua residência, havia cerca de 90 dias que ele vinha tendo dificuldades para retirar sua medicação junto a Secretaria Municipal de Saúde. Inclusive o paciente chegou a procurar o Ministério Público Estadual da Comarca de Apodi e fez uma denuncia em maio de 2012 contra a Prefeitura do Apodi, alegando que seu medicamento não estava sendo garantido pelo município.
Constantemente o Ministério Público recebendo denuncias da falta de medicamentos nas unidades de saúde mantidas pela Prefeitura do Apodi. A reportagem tentou um contato com o prefeito, Flaviano Monteiro, porem não foi possível.
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