A empresa do Reino Unido Optalysys afirmou na última sexta-feira (08) que estará pronta para demonstrar um novo protótipo de computador óptico que será capaz de realizar cálculos na velocidade da luz em janeiro de 2015, afirma o site Extreme Tech.
Computadores ópticos são considerados sistemas que utilizam comunicação através da luz, ao invés dos tradicionais circuitos eletrônicos. A Optalysys, no entanto, está utilizando a nomenclatura para uma nova tecnologia, que utiliza lasers direcionados a um grid de cristal líquido para propagar informações.
De acordo a empresa, que explicou o novo processo através de um vídeo (abaixo), o cristal líquido de seu sistema é formado por multiplos "pixels", que são ligados ou desligados no grid através de cálculos complexos. Dependendo do estado do grid, o laser emitido sofre diferentes defrações ao se encontrar com os milhares de pixels, e seria processado de um forma diferente pelo receptor no final do sistema.
Como o sistema consome muito menos energia e gera menos calor, um computador óptico embarcado com esta tecnologia poderia ter um número muito maior de grids paralelos, o que permitiria um processamento de dados superior ao de sistemas eletrônicos tradicionais.
Um supercomputador atual com performance de aproximadamente 34 petaflops tem um consumo anual de US$ 21 milhões. A empresa estima que seu sistema seria capaz de realizar a mesma tarefa com um custo de US$ 3,5 mil por ano.
Segundo a Optalysys, a tecnologia dos grids já está disponível em sistemas da NASA, o que significa que ela já poderia ser testada em laboratórios. Em janeiro, a empresa quer mostrar o primeiro protótipo, de 340 gigaflops.
Até 2017, o lançamento de dois sistemas comerciais já está planejado: um para análise de Big Data, com 1,32 petaflops, e um supercomputador Optical Solver de 9 petaflops. Em 2020, a empresa espera escalonar o supercomputador para 17,1 exaflops.
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