21 março 2015

Detentos do maior presídio do RN voltam a receber visitas sociais



A Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, voltou a receber visitas sociais neste sábado (21) após a onda de rebeliões que durou

oito dias e atingiu 14 das 33 unidades prisionais potiguares. Na fila, familiares dos detentos aguardaram durante toda a manhã para ter notícias dos apenados após os motins. Um dos alvos das rebeliões, a penitenciária teve celas e grades quebradas pelos presos.

Por causa da destruição no interior do presídio, 240 presos do pavilhão 4 não receberam visitas. A medida, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), foi tomada porque o local não tinha condições de acomodar os familiares. Como o pavilhão 4 foi destruído durante os motins, os detentos foram transferidos para a área de adaptação da unidade prisional.

Na fila desde o início da manhã, a agricultora Maria Gorete Cordeiro, de 50 anos, chegou a Alcaçuz ciente de que não veria o irmão, preso por tráfico de drogas. Durante a série de motins, ela ficou sem notícias do irmão. "Soube que não vou poder vê-lo. Tudo que sabia era pela televisão. Quando falavam pavilhão 4 eu prestava atenção", diz a agricultora, que também tem um filho preso na Cadeia Pública de Nova Cruz.


Familiares dos presos aguardam o horário para visitar apenados (Foto: Felipe Gibson/G1)

Para Maria Gorete, os motins poderiam ter sido evitados. "A pessoa que está dentro de uma desgraça dessas só não acontece coisa boa. Não precisa de tiro e paulada. Se você tem uma boa conversa dá para dobrar o preso. Se atendesse eles não teria acontecido", opina Maria Gorete.

A diarista Lizanilda Sabino da Silva, de 34 anos, não vê o marido há oito dias. "Fiquei um pouco preocupada. Não sei se vou conseguir vê-lo hoje, mas trouxe comida", afirma. A visita da Penitenciária de Alcaçuz durou das 7h às 15h.

Informações de fotos: G1rn

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