A presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito Morais, considerou que Portugal tem uma “obrigação ética e moral” de receber 700 refugiados em situação de emergência, devendo preparar-se para este “novo desafio”.
No âmbito do mecanismo de emergência europeu anunciado na quarta-feira pela Comissão Europeia, Portugal poderá vir a receber 704 refugiados de um total de 20.000 que serão distribuídos por todos os Estados-membros da União Europeia.
Para Teresa Tito Morais, “Portugal não poderá ficar indiferente ao drama que se está a passar no Mediterrâneo”, devendo “responsabilizar-se conjuntamente com os outros Estados europeus a tomar medidas urgentes de acolhimento de pessoas que estão com necessidade de proteção internacional”.
Relativamente ao número de 704 pedidos da quota que seria dada a Portugal, Teresa Tito Morais disse que não lhe parece exagerado, tendo em conta que “Portugal foi sempre o país da União Europeia que recebeu menos pedidos de asilo”.
A Comissão Europeia apresentou na quarta-feira, em Bruxelas, a Agenda Europeia para a Migração, que prevê desde já um regime de reinstalação temporária de 20 mil refugiados “por todos os Estados-membros” e que será dotado de “um financiamento suplementar de 50 milhões de euros para 2015 e 2016″.
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