Cerca de 30 agentes penitenciários e policiais militares realizaram, durante cinco horas na manhã desta sexta-feira (03), uma revista minuciosa na Cadeia Pública Manoel Alves Pessoa Neto, em Caraúbas.
Ao todo foram apreendidos drogas, celulares, chips, ferramentas artesanais e outros objetos ilícitos. Segundo a diretora do presídio, Ivna Benevides, não foi encontrado indícios de túneis. “O objetivo foi esse, apreender materiais ilícitos e evitar fugas. Graças a Deus não temos indícios de túneis.
Faz mais de dois anos que não registramos fugas aqui”, relatou. Esta foi a segunda revista realizada em menos de um mês. Na primeira foram apreendidos cerca de 20 celulares e outros objetos. Ivna contou que a facilidade com que este tipo de material entra na unidade prisional é assustadora. “Temos uma grande exposição.
Nós não temos um sistema interno de monitoramento de câmeras e faltam outros equipamentos que identificaria a entrada de drogas e celulares. Isso mostra a fragilidade do sistema prisional. Assusta e preocupa”, relatou por telefone. Em entrevista recente, o promotor de Justiça Silvio Brito disse “Estamos vendo organizações criminosas se consolidando dentro dos presídios no Rio Grande do Norte, fazendo uso de celulares”.
A declaração do promotor aconteceu após descoberta de que um apodiense comandava o tráfico de drogas e homicídios na região Oeste, pelo Whatsapp, a partir da Penitenciária de Alcaçuz. “A verdade hoje é que prender o cara não significa tirá-lo de circulação [...] É quando o celular se transforma em arma poderosa para praticar crimes”, disse Silvio Brito.
Ivna Benevides relatou que os objetos apreendidos serão encaminhados à Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), para que sejam investigados e que os proprietários sejam identificados. Atualmente, a cadeia de Caraúbas custodia 177 detentos. A unidade foi projetada para 96 apenados.
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