13 setembro 2015

Pensão de R$ 400 levou pai a jogar bebê em rio no Amazonas



Um pai jogou o filho de 4 meses no rio Negro, em Manaus, por conta do pagamento de uma pensão alimentícia de R$ 400 semanais. O canoeiro Josias de Oliveira Alves, 29 anos, e a mãe da criança, Cleudes Maria Batista, 23, foram presos por suspeita pelo crime, mas a polícia concluiu que a mãe não teve envolvimento no caso. O bebê Pablo Pietro está desaparecido desde 14 de agosto. Cleudes deve ter a prisão revertida. Já Alves será indiciado por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. 

O delegado Ivo Martins disse que o pai contou que a mãe do menino sempre pedia mais dinheiro de pensão, o que o deixava irritado. No dia do crime, o bebê estava em uma canoa com os pais.”Eles brigaram porque ela estava esperando-o no porto, estava brava, queria dinheiro. Eles saíram aos tapas no porto e quando chegaram a canoa brigaram novamente. 

Eles tiveram uma discussão, ele primeiro tentou golpeá-la, ela caiu no chão do barco, ele tirou a criança (dos braços da mãe) e a jogou (no rio), depois ele continuou brigando com a Cleudes”, relatou o delegado. Nem o pai nem a mãe pularam no rio para salvar a criança. 

Depois de jogar o bebê na água, Alves ainda amarrou uma corda no pescoço de Cleudes, tentando enforcá-la. “A investigação estuda se Cleudes foi omissa por não ter pulado para pegar a criança, mas dado o fato que ela estava com uma corda no pescoço, ela pode encontrar respaldo legal”, acredita o delegado. Versões anteriores de que o bebê teria caído ou sido vendido foram descartadas com a confissão do pai. 

A mãe passou de suspeita para vítima. Josias confessou ter jogado o filho na água diante de três advogados. Antes, ele acusou a mãe do menino pelo crime. “Ele confessou e deu detalhes de como tudo aconteceu. Durante a confissão, ele não chorou. Disse que estava arrependido, que não sabe porque fez isso”, diz o delegado.

A mãe foi com o bebê de Manacapuru, a 68 km de Manaus, para a capital justamente para discutir o valor da pensão com o pai do menino. Os dois se encontraram para conversar na noite do dia 14. Depois do crime, o Corpo de Bombeiros fez buscas no rio, mas não localizou o bebê.