Levanta-se cedo - muito cedo para alguns desacostumados - com o toque de alvorada. Higiene matinal, arrumação de cama, uniforme impecável, início das atividades. No rancho o café da manha, a primeira de muitas conversas do dia. O falatório dura pouco, logo o corneteiro anuncia a formatura. Todos vão para suas companhias, entram em forma, são apresentados ao Comandante da Unidade, executam movimentos de ordem unida, disputam quem melhor desfila. E a banda de música eletriza os espíritos com seus dobrados militares.
Depois é hora dos exercícios. Alguns vão para o estande de tiro, outros ao terreno praticar técnicas de combate. O Exército tem um programa de instrução bem detalhado, tudo é previsto com muita antecedência. Em tempos de paz, oficiais e praças dão tudo de si para bem formar os reservistas.
Todo dia tem treinamento físico. Só exercitando os músculos os soldados conseguem resistência para suportar os rigores da vida militar. E eles correm, nadam, fazem flexões de braço, vão ganhando sustância muscular, rusticidade. Sem isso, como enfrentar e vencer desafios rotineiros? Como passar pela pista de cordas? Como fazer a marcha de 24 km? Como transportar o armamento e a mochila?
Conhecer o armamento que utiliza é dever do soldado. O fuzil, a pistola, a metralhadora, o morteiro, o canhão, cada um é qualificado numa função especifica. Por isso todo dia tem instrução a valer, ninguém perde tempo.
Quem não está sendo instruído está na guarda do quartel, protegendo as instalações, vigiando muito atentamente. As horas no quartel são assim, cheias de coisas para fazer, uma agitação que faz bem a todos os que gostam de muito dinamismo.
Tem hora de trégua também. Como a parada entre os períodos da manhã e da tarde. A hora do rancho, da boa comida de quartel que, longe de ser "gororoba", é um banquete para muitos. Os soldados chegam ao refeitório cansados, esfomeados, comem: arroz, feijão, macarrão, bife, refresco, um cardápio variado e balanceado. Comida de soldado é comida de guerreiro.
De norte a sul do Brasil, o soldado brasileiro é sentinela atenta. Entra ano e sai ano, jovens brasileiros tornam-se reservistas. E ampliam sua consciência de cidadão, porque no quartel não se aprende apenas a fazer a guerra; no quartel se aprende, e muito, a ser cidadão, a gostar do seu país, a ser solidário. Por isso é que depois ninguém esquece o serviço militar. Volta e meia está se falando desses tempos e desse lugar onde de fato a pessoa experimenta o significado do companheirismo verdadeiro.
Fonte: Revista Verde Oliva (Centro de Comunicação Social do Exército)
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