30 outubro 2019

Caso Marielle: porteiro mentiu sobre entrada em condomínio, diz MP

Caso Marielle: porteiro mentiu sobre entrada em condomínio, diz MP
Promotora do Gaeco afirmou que Élcio Queiroz entrou no condomínio com autorização de comparsa Ronnie Lessa

Marielle Franco foi assassinada em março de 2018Marcelo Camargo/Agência Brasil

O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (30) que o porteiro mentiu sobre quem autorizou a entrada do ex-PM Élcio Queiroz, acusado de participação na morte da vereadora Marielle Franco, em um condomínio na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no dia do crime.

Na terça-feira (28), a reportagem da TV Globo teve acesso ao depoimento do porteiro, no qual ele afirmou à policia que Élcio teria obtido autorização para entrar no local após interfonar para a casa 58, que pertence ao presidente da República Jair Bolsonaro.

A versão foi desmentida pela responsável pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado). A promotora Simone Sibilio afirmou que o acesso ao condomínio foi liberado pelo comparsa do ex-PM, o sargento reformado da PM Ronnie Lessa. Sibilio disse o MP-RJ confirmou a informação a partir de provas técnicas. 

“Por que o porteiro lançou o número 58 [na planilha]? Pode ser por vários motivos, que serão apurados. O fato é que as ligações comprovam que é Ronnie Lessa é que mautoriza, e que Élcio vai para casa de Ronnie Lessa”, disse a promotora.

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