Questionado por Boris Casoy sobre o que pensa em relação à prisão perpétua e pena de morte, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, citou, em entrevista exibida na sexta-feira (11), um exemplo para o primeiro caso e afirmou não saber "se é necessário tudo isso", mas que o sistema atual gera insatisfação.
"Olha, eu vejo que vários países europeus têm penas de prisão perpétua. Não sei se é necessário tudo isso, mas é absurdamente insatisfatório quando se vê, no Brasil, pessoas condenadas, por exemplo, por homicídio qualificado, às vezes com requintes de crueldade, ficando menos de dez anos na prisão. É uma pena que parece desproporcional a gravidade desses crimes", defendeu.
Comentando a pena de morte, o ministro fez uma reflexão sobre as implicações de aderir esse tipo de condenação. "O problema da pena de morte sempre envolve a questão do erro judiciário. Quando se erra é impossível voltar atrás, então isso é realmente um problema apontado inclusive nos países que adotam [a pena de morte]", avaliou.
Moro ainda avaliou a progressão de pena e disse ser favorável da mudança dos critérios para essa mudança, que ele considera muito generosa. "Além da pessoa acabar respondendo por uma pena desproporcional ao crime, isso gera descrédito do sistema de justiça", pontuou.
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