09 fevereiro 2021

Polícia usa jato de água para dispersar manifestação e avisa que vai usar munição em Mianmar



A polícia de Mianmar avisou aos manifestantes contrários ao golpe de Estado no país e deu ordens para que eles parem com as marchas ou haverá enfrentamento.

Na última segunda-feira (8), milhares de pessoas foram às ruas no terceiro dia seguido de manifestações. Na capital, Naypyitaw, policiais formaram três fileiras para receber os manifestantes. Eles colocaram uma placa na rua em que avisavam que poderiam usar munição se os manifestantes tentassem atravessar a linha da polícia.

Na última segunda-feira, foi decretada lei marcial em vários bairros de Mandalay, a segunda maior cidade do país.

As manifestações e reuniões de mais de cinco pessoas estão proibidas, e um toque de recolher entrará em vigor de 20h às 4h locais.

População pede a libertação da líder política Aung San Suu Kyi, eleita em novembro. Ela está em prisão domiciliar. Militares afirmam que houve fraude na eleição, sem apresentar provas.

As pessoas protestam contra o golpe de Estado do dia 1º de fevereiro e contra a prisão da líder política Aung San Suu Kyi.

A TV estatal publicou uma nota na qual fez ameaças. Ela afirmou que se recusa "a aceitar a desordem dos transgressores" e que eles devem ser "evitados e removidos por meio de cooperação".

A nota não é assinada, mas foi lida em uma TV dos militares.

Há campanhas para que as pessoas façam atos de desobediência civil. Os protestos se organizaram mais desde o golpe.

Um dos grupos mais ativos é o dos profissionais de saúde. Eles pedem que outros funcionários do governo se juntem à campanha. Uma parte dos trabalhadores fala em greve geral.

Houve protestos em diferentes partes do país, organizados por diversos grupos étnicos --inclusive aquele que acusam Suu Kyi de negligenciar minorias.

Em Yangon, a maior cidade de Mianmar, um grupo de monges budistas com túnicas cor de açafrão, que têm uma história de mobilização comunitária, marchou na frente dos protestos com trabalhadores e estudantes.

Eles hastearam bandeiras budistas multicoloridas ao lado de bandeiras vermelhas na cor da Liga Nacional para a Democracia (NLD, na sigla em inglês), o partido de Suu Kyi.

Fonte: G1 Mundo

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