22 outubro 2021

Quem matou José Carlos? Após um ano, crime segue sem respostas e mãe pede justiça



Um ano após o crime, o questionamento sobre quem matou o pequeno José Carlos ainda continua sem respostas. Era 21 de outubro de 2020 quando a criança, de apenas 8 anos, saiu de casa e não voltou mais. O corpo já sem vida só foi encontrado 22 dias depois, enterrado em uma cova rasa nas proximidades da casa em que o menino residia com a família, na zona norte de Natal. Nesta data em que a morte de José Carlos completa 365 dias, é o coração da mãe que mais sofre - sem o filho e sem justiça.

“Meu coração está do mesmo jeito. Ainda sinto a mesma dor que eu senti no dia, mas a cada dia que passa piora mais. A polícia não está resolvendo nada. Não vejo nenhum resultado. Ninguém está me ajudando a fazer justiça. Eles pararam o caso e nada foi feito”, lamentou Ozenilda das Dores, em entrevista à TV Tropical.

Desde que o corpo foi encontrado, a Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) iniciou as investigações. Buscas foram feitas na região onde o crime aconteceu e pessoas foram conduzidas à delegacia para serem ouvidas. Em julho deste ano, o inquérito policial foi remetido ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) sem que nenhuma pessoa fosse indiciada. Em 8 de julho de 2021, o caso foi arquivado.

Emocionada, a mãe implora: “Eu só quero justiça. Se esses policiais tiverem coração, tiverem filhos, tiverem mãe, me ajudem. Eu só quero justiça. Só Deus está perto de mim, porque a justiça da terra está falhando”. José Carlos era o mais novo da família. Ele desapareceu enquanto ia deixar um lanche para o irmão mais velho que trabalhava limpando vidros de carro na avenida João Medeiros Filho, na zona norte de Natal.

O corpo da criança foi encontrado em estado avançado de decomposição e apenas os ossos seguiram para análises do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). A causa da morte foi classificada como indeterminada. Em Declaração de Óbito entregue à mãe, constou a informação de que não foi possível determinar o que motivou a morte de José Carlos. Alguns elementos ainda foram utilizados na investigação, como um fio de antena encontrado amarrado aos pés da criança, bem como uma folha com uma mancha de sangue.

No ano passado, a Polícia Civil ouviu moradores da região que pudessem ajudar com informações para elucidar o caso. Poucos dias depois da morte, um homem de 23 anos, identificado apenas como ‘Bibi’, prestou depoimento à polícia, porque costumava ter contato com a vítima. Outras quatro pessoas, que moravam na casa da granja onde o corpo do menino foi encontrado, também compareceram à DHPP. Durante esse tempo, as investigações seguiram em sigilo.

Nesta quinta-feira (21), a delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, informou, em entrevista à TV Tropical, que a equipe segue com a investigação. “O caso em si tem linhas de investigação, há suspeitos sendo investigados, mas a investigação é complexa. O nosso desafio é esse. Para comprovar o crime, é preciso que se tenha provas completas. Não podemos simplesmente apontar. É preciso ter materialidade. Mas a equipe vai continuar obstinada até conseguirmos elucidar”, disse a delegada.

*Portal da Tropical

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