Os anestesiologistas que atendem na Casa de Saúde Dix-Sept Rosado, onde funciona a única maternidade de Mossoró, decidiram paralisar os plantões desde as primeiras horas do dia 1º de janeiro. Eles reclamam da falta de estrutura para os atendimentos.
O impasse teve início quando o município decidiu suspender a complementação paga pelos procedimentos realizados por obstetras, pediatras e anestesiologistas na Casa de Saúde Dix-Sept Rosado. O comunicado aconteceu no dia 23 de dezembro. No dia 28, o município voltou atrás e contando com o apoio do governo do Estado afirmou que continuaria cumprindo o contrato firmado com os médicos. Porém, os anestesiologistas aproveitaram o problema para reivindicar melhores condições de estrutura no hospital.
O presidente da Clínica de Anestesiologia de Mossoró, Ronaldo Fixina informou que os médicos não podem continuar colocando em risco a vida dos pacientes. “A casa de saúde está com a UTI adulto paralisada e por essa e outras razões não temos como atender o usuário com segurança. Essa responsabilidade não pode ser transferida para os médicos”, afirma.
Desde domingo não há anestesiologistas trabalhando nas escalas de plantão do hospital. O diretor da Casa de Saúde, Dr. André Neo, informou que só estão sendo realizados partos normais. As gestantes que necessitam de atendimento cirúrgico, estão sendo encaminhadas para outra unidade de saúde. A maternidade corre contra o tempo para atender os pedidos dos médicos.
“Sabemos que o hospital é antigo, da década de 70 e por isso não atende a todos os quesitos da Portaria RDC -50, que é recente, dos anos 2000. Mas nós estamos tentando resolver algumas das reivindicações o mais rápido possível”, informou André Neo, Diretor da Casa de Saúde. Atualmente a maternidade realiza cerca de 600 procedimentos por mês, entre partos normais, cesarianas, curetagens, entre outros.
A gerência de saúde do município se posicionou diante da crise, atendendo algumas das reivindicações dos anestesiologistas. Segundo Benjamin Bento, gerente executivo de saúde do município, a prefeitura conseguiu um empréstimo com o Estado para atender a necessidade de alguns equipamentos de última geração, como o ônibus de anestesia e ainda que os partos Cesário fossem realizados no Hospital Rodolfo Fernandes da Hapvida.
Os anestesiologistas devem se reunir na noite desta terça-feira para reavaliar as propostas do hospital e também do município. Só então os profisisonais devem decidir se retornarão aos plantões normalmente.
Fonte: O Câmera
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