A classe médica do Rio Grande do Norte faz campanha pela paz. A categoria se diz amedrontada com a onda de violência sofrida pelos potiguares e promete agir para chamar a atenção dos governantes já a partir da última quinta-feira, 10.
“No próximo dia 16, vamos nos reunir para traçar estratégias. Depois vamos às unidades de saúde falar com os profissionais, pregar panfletos e conclamar outras categorias a agir diante dessa situação”, disse o presidente da Associação Médica do RN, José Rosendo.
O movimento dos profissionais da saúde ocorre dias após dois médicos terem sido baleados na Grande Natal. Colega das vítimas, Damião Nobre declarou que os casos foram o estopim diante da situação que a categoria já vinha a acompanhar. “No intervalo de quatro dias, dois profissionais da saúde foram vitimados. Isso foi à gota d’água”, declarou.
Os profissionais ouvidos pela reportagem relataram que há também o medo de sofrer violência no próprio ambiente de trabalho. “Em São José de Mipibu já houve tiroteio causado por bandidos que queriam roubar o material dos vigilantes”, declarou o médico Monte Neto.
As fugas de presos dos hospitais, quando estavam lá para ser atendidos, também foi citada pelo médicos como prova da insegurança no ambiente de trabalho da categoria.
Polícia Civil
Na quarta-feira, 9, a A Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol) e a Associação dos Escrivães (Assesp) também anunciaram o início de uma campanha pela paz. A categoria cobra investimentos do governo da polícia responsável pela investigação de crimes.
Por Ayrton Freire