Não há por que duvidar que os britânicos sairão definitivamente da União Europeia em 31 de janeiro do ano que vem, como anunciou Boris Johnson
Boris Johnson pode dizer que a novela do Brexit chegou ao fimToby Melville/Reuters
Uma vitória arrebatadora. Na crista da onda conservadora que engole o globo e escoa pela terra plana, Boris Johnson levou o Partido Conservador ao maior triunfo eleitoral desde os anos 80, na era Thatcher.
Assim, o Reino Unido sairá definitivamente da União Europeia em 31 de janeiro do ano que vem, anunciou o premiê britânico, e o país recuperará "o controle sobre nossas leis e nossas fronteiras”. Não há por que duvidar.
O discurso patriótico precisou ecoar entre os trabalhistas para que o massacre nas urnas se consumasse. Nesse sentido, ajudou o cansaço da maioria absoluta dos eleitores com as idas e vindas que adiavam (de forma patética) a saída dos britânicos do bloco europeu.
As urnas também consagraram a Escócia como único polo de resistência ao massacre conservador. Lá, venceu o partido que defende um segundo plebiscito sobre a independência do país e permanência na UE. Johnson garante que esse discurso separatista não será “tolerado”. Alguma emoção à vista, pelo menos.
Os conservadores em breve formarão um novo governo, já com as bênçãos da rainha – e as manifestações contrárias de Alemanha e França. Por mais que essa conversa política e econômica não seja para o nosso bico, a configuração do mapa mundial nos diz respeito: e ele mudou.
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