Laércio Soares de Melo, de 55 anos, já foi condenado por dois homicídios em Montes Claros, a 424 km de BH; ele foi preso nesta quinta-feira (12)
Homem é suspeito por outros 20 assassinatos Divulgação / Record TV Minas
Um ex-policial militar foi preso na última quinta-feira (12), em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, suspeito de matar mais de 20 pessoas com as quais tinham uma relação de amizade em Montes Claros, a 424 km de Belo Horizonte.
Segundo investigação da Polícia Civil um deles é o comerciante Gilberto Martins, morto em 2003. Por esse crime, o ex-PM Laércio Soares de Melo foi condenado a 31 anos de prisão. De acordo com o delegado do caso, Wagner Sales, a ação foi uma parceria entre as corporações da cidade onde aconteceu o crime e a de BH.
— A partir de uma troca de informações entre a delegacia de homicídios de Montes Claros e a equipe da Patrulha Metropolitana Unificada de Apoio, daqui de BH, que conseguimos efetivar a prisão.
O ex-policial ficou preso administrativamente até janeiro deste ano, depois se mudou para Contagem, onde estava trabalhando como ajudante de serviços gerais, usando uma tornozeleira eletrônica.
O ex-policial já havia sido julgado em 2014 pela morte de um despachante, também em Montes Claros. O corpo de Francisco Santos Filho, de 33 anos, nunca foi encontrado. Segundo o acusado, ele e a vítima eram amigos.
— Nós éramos amigos, como irmão. Eu não tinha motivos para fazer isso com ele.
Envolvimento
Além das duas condenações, Laércio é suspeito de envolvimento em mais de 20 homicídios que aconteceram no Norte de Minas Gerais. Segundo a Polícia Civil, o homem tinha relacionamento de amizade com todas as vítimas.
— As investigações mostraram que ele fazia amizade com essas pessoas e assim conseguia adquirir bens como imóveis e veículos. Depois de roubá-las ele as matava.
As investigações mostram também que o acusado tem traços de psicopatia. O homem procurava as famílias das vítimas para oferecer ajuda.
— Após o desaparecimento das vítimas, ele comparecia a casa das famílias e oferecia ajuda nas buscas pelos desaparecidos, que ele mesmo matou.
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