O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta terça-feira (23) que vai passar a usar a denominação “favelas e comunidades urbanas brasileiras” para se referir a esses locais em pesquisas como o Censo. O termo vai substituir a expressão “aglomerados subnormais”, utilizada pelo instituto nos últimos anos.
A mudança, depois de mais de 50 anos, acontece após debates com moradores, movimentos sociais, comunidade acadêmica e órgãos governamentais. De acordo com o chefe do setor de Territórios Sociais do IBGE, Jaison Luis Cervi, o termo favela tem aceitação unânime e está vinculado à reivindicação histórica por reconhecimento e identidade dos movimentos populares.
“A nova nomenclatura foi escolhida a partir de estudos técnicos e de consultas a diversos segmentos sociais, visando garantir que a divulgação dos resultados do Censo 2022 seja realizada a partir da perspectiva dos direitos constitucionais fundamentais da população à cidade”, disse Cayo de Oliveira Franco, Coordenador de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.
O complemento “comunidades urbanas” foi acrescentado já que há áreas em que o termo “favela” é preterido. São usados, no lugar: quebrada, comunidade, baixadas, vilas, palafitas, malocas.
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