A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação do incêndio a moradores de rua, que deixou uma das vítimas com 63% do corpo queimado, na madrugada desta quinta-feira (1º/8). Segundo o delegado chefe da 4ªDP (Guará), Jeferson Lisboa, o crime pode ter sido motivado por uma suposta rixa entre grupos de moradores de rua. Por outro lado, o crime também pode ter sido cometido sem um motivo aparente, segundo a polícia.
De acordo com Lisboa, na segunda-feira (22/7) foi registrada uma ocorrência de briga entre dois grupos de moradores de rua da região. Um dos mendigos envolvidos na briga estava no grupo que foi incendiado. Nesta madrugada, ele chegou a ser perseguido quando tentava fugir do fogo por um dos três homens encapuzados suspeitos de cometer o crime, de acordo com a polícia.
Relembre o caso:
Segundo os moradores de rua, o grupo de quatro mendigos estava dormindo na QE 18, no Guará, quando três rapazes encapuzados passaram por eles. Os suspeitos atiraram gasolina e riscaram um fósforo. O fogo atingiu os mendigos, que saíram correndo. Edvan Lima, 49 anos, não conseguiu fugir e sofreu queimaduras no peito, no braço esquerdo e na cabeça.
A polícia já ouviu três testemunhas. Elas contaram que todos os moradores estavam ao redor de uma fogueira e foram surpreendidas pelo ataque. O único que dormia no momento do crime era Edvan, por essa razão os policiais acreditam que ele não conseguiu escapar.
O morador de rua Luiz Antônio Silva, 42 anos, e amigo de Edvan, disse que estavam deitados no chão da praça, quando foram observados por três homens que, em seguida, jogaram gasolina em cima deles. Ele conta que conseguiu escapar porque não estava dormindo, mas que chegou a ser perseguido por um dos homens.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que o estado de saúde da vítima é estável e que ele respira com ajuda de máscara de oxigênio.
Fonte: Correio Braziliense
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