01 agosto 2013

Polícia prende pela terceira vez sargento suspeito da morte de advogado

Foto: Sergio Costa / Matéria completa do Portal BO

A Polícia Civil prendeu, pela terceira vez, o sargento Carlos Ferreira de Lima, suspeito de participação na morte do advogado Antônio Carlos de Oliveira. O policial militar tinha sido detido por força de um mandado de prisão, mas o advogado tinha usado um alvará de soltura referente à outra prisão para conseguir libertar o cliente. 

O sargento Carlos Ferreira foi preso a primeira vez ainda no mês de junho, no dia 21, mas ganhou liberdade provisória através de um habeas corpus e tramitava em segunda instância o julgamento definitivo do pedido de liberdade. Por coincidência, o Tribunal de Justiça julgou favoravelmente ao alvará de soltura, nesta terça.

Delegada Karla Viviane, da Dehom.
No entanto, na manhã de ontem, o juiz Ricardo Procópio, da 3º Vara Criminal, tinha expedido outro mandado de prisão preventiva. Em sua decisão, o magistrado chegou a afirmar que a liberdade do policial militar representava um “risco para a paz social”. 

Nesta quarta-feira (31), ao perceber que o sargento Carlos Ferreira tinha sido solto de maneira irregular, tendo em vista que o alvará de soltura não era referente ao novo mandado de prisão, os policiais da Delegacia de Homicídio, comandados pela delegada Karla Viviane, foram mais uma vez realizar a prisão do policial militar, lotado no 11º Batalhão. 

O sargento Carlos Ferreira é um dos indiciados pelo assassinato do advogado Antônio Carlos de Oliveira, morto a tiros em maio deste ano. Ele teve prisão preventiva decretada e foi preso pela segunda vez, na manhã desta terça-feira, na Operação Avengers, da Delegacia Especializada em Homicídios. No entanto, foi solto poucas horas depois.

De acordo com o juiz que expediu o mandado de prisão preventiva, “denota-se que, em liberdade, os denunciados significarão real inconveniente à instrução criminal, ante a concreta possibilidade de obstaculizarem a reunião das provas, pela intimidação que eles representam para as testemunhas que virão depor no processo”. 

A delegada Karla Viviane, que efetuou a prisão, declarou que vai entrar com uma representação junto à OAB, para que seja apurado se o advogado Júnior Smith, que defende o sargento Carlos, agiu de má fé ao usar um alvará de soltura referente a outra prisão do cliente. Ela chegou a declarar que a atitude trata-se de uma falta de respeito para com o trabalho da polícia.

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