Refletindo o temor do governo um brecha e rever a sistemática de aumentos diários.
A Petrobrás negocia uma alternativas para a mudança da periodicidade de reajuste dos combustíveis, mas rejeita qualquer proposta que não respeite a paridade com os preços internacionais ou que represente prejuízos para o caixa da companhia, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast(serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado).
Esse espaço de negociação, na prática, estava ocorrendo ainda na gestão de Pedro Parente, que deixou o comando da empresa, na semana passada, depois de intenso bombardeio político e de setores da população.
Em janeiro, a estatal já havia alterado a periodicidade de reajuste do gás de cozinha de mensal para trimestral. Foi o primeiro movimento.
Depois, a empresa aceitou uma política de reajuste diferenciada para o diesel e que será subsidiada pela União. Mas a pressão continua para mudanças também na gasolina e no preço do gás de botijão (GLP).
O novo presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, não pretende dar um “cavalo de pau” na política de preços, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem.
Para isso, os princípios básicos que norteiam a política atual devem ser mantidos. O principal deles é a referência de preços do mercado internacional. Os prejuízos terão de ser compensados pelo Orçamento da União, como foi feito com o diesel.
Concorrência
Outra preocupação é a garantia de que a empresa não ficará exposta à concorrência dos importadores durante o período entre um reajuste e outro. Para isso, o governo estuda, como já adiantou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a definição de Imposto de Importação (II) flexível para ajustar os preços da concorrência dos importadores.
Essa proposta, no entanto, ainda não foi detalhada porque é muito complexa e de difícil operação técnica em momentos de mercado com preços em alta.
Apesar das negociações, o governo enfrenta a dificuldade de bancar a política de subsídios por conta do impacto nas contas públicas. O subsídio do diesel no valor de R$ 13,5 bilhões deixou as contas no limite, com o governo federal cancelando até mesmo despesas na área social.
Na segunda-feira, 4, a reunião de representantes da empresa e do governo no Ministério da Fazenda teve como principal objetivo a definição do novo decreto a ser editado para prorrogar o subsídio para o óleo diesel, cujo prazo terminaria no próximo dia 7.