27 agosto 2012

Idoso de 66 anos morre na Grande Natal após ser atacado por abelhas

Um ataque de enxame de abelhas provocou a morte do agricultor Edmilson Rocha, de 66 anos, no início da tarde desta segunda-feira (27), em um distrito do município de Ceará-Mirim, na região da Grande Natal. O idoso trabalhava cavando uma vala numa área próxima a um canavial na comunidade de Maçangana-Taboão, distante 30 quilômetros da capital. Segundo relato do filho da vítima, o idoso teria matado uma das abelhas e o enxame o teria atacado em seguida.

Além de Edmilson Rocha, outras pessoas que trabalhavam com ele também foram atacadas pelos insetos, mas conseguiram escapar. Todos se protegeram de alguma forma, mas Edimilson acabou sendo o mais atingido e morreu no local. O filho do idoso não soube informar se o pai era alérgico à picada de abelha. O idoso, na hora do ataque, cavava uma vala para impedir que as casas próximas ao canavial fossem inundadas pelas águas da chuva.

O agricultor Cláudio Ferreira, que também trabalhava na escavação, disse que se salvou porque se jogou numa poça d'água próxima ao local do ataque. O filho da vítima, Enivaldo Jerônimo, contou que pedia ao pai para não trabalhar mais, mas ele não escutava. "Ele era uma pessoa muito ativa", comentou o filho.

Nos primeiros sete meses deste ano, segundo o Corpo de Bombeiros do RN, 808 ocorrências foram registradas envolvendo ataques de enxames de abelhas. De acordo com os dados da Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal da corporação, foram realizados 4.409 atendimentos somente na região metropolitana de Natal no período de janeiro a julho deste ano.

Entre ocorrências mais comuns neste período, constam: enxame de insetos (808); incêndios e princípios de incêndios (658); árvore oferecendo perigo (348); animal em perigo ou provocando perigo (99) e vazamento de gás de cozinha (67).

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Cristiano Couceiro, as abelhas ficam mais agitadas no período mais quente do ano. Além disso, as abelhas se sentem atraídas por perfume, roupas felpudas e alheias ao barulho.

"Quando se mata uma abelha, ela libera um hormônio chamado feromônio que atrai as demais abelhas. Elas se sentem acuadas e passam a se defender. Nós recomendamos que as pessoas usem roupas claras e se protejam adequadamente em situações de limpeza de terrenos e evitem som alto, gritos", explicou o tenente. Além disso, ele ressaltou que a vítima deve ser imediatamente encaminhada a uma unidade de saúde mais próxima.

G1

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