
Além de Edmilson Rocha, outras pessoas que trabalhavam com ele também foram atacadas pelos insetos, mas conseguiram escapar. Todos se protegeram de alguma forma, mas Edimilson acabou sendo o mais atingido e morreu no local. O filho do idoso não soube informar se o pai era alérgico à picada de abelha. O idoso, na hora do ataque, cavava uma vala para impedir que as casas próximas ao canavial fossem inundadas pelas águas da chuva.
O agricultor Cláudio Ferreira, que também trabalhava na escavação, disse que se salvou porque se jogou numa poça d'água próxima ao local do ataque. O filho da vítima, Enivaldo Jerônimo, contou que pedia ao pai para não trabalhar mais, mas ele não escutava. "Ele era uma pessoa muito ativa", comentou o filho.
Nos primeiros sete meses deste ano, segundo o Corpo de Bombeiros do RN, 808 ocorrências foram registradas envolvendo ataques de enxames de abelhas. De acordo com os dados da Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal da corporação, foram realizados 4.409 atendimentos somente na região metropolitana de Natal no período de janeiro a julho deste ano.
Entre ocorrências mais comuns neste período, constam: enxame de insetos (808); incêndios e princípios de incêndios (658); árvore oferecendo perigo (348); animal em perigo ou provocando perigo (99) e vazamento de gás de cozinha (67).
De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Cristiano Couceiro, as abelhas ficam mais agitadas no período mais quente do ano. Além disso, as abelhas se sentem atraídas por perfume, roupas felpudas e alheias ao barulho.
"Quando se mata uma abelha, ela libera um hormônio chamado feromônio que atrai as demais abelhas. Elas se sentem acuadas e passam a se defender. Nós recomendamos que as pessoas usem roupas claras e se protejam adequadamente em situações de limpeza de terrenos e evitem som alto, gritos", explicou o tenente. Além disso, ele ressaltou que a vítima deve ser imediatamente encaminhada a uma unidade de saúde mais próxima.
G1
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